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Histórico

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A Universidade de Brasília, criada com o objetivo de estabelecer um novo padrão de universidade brasileira na formação de cientistas e técnicos atuantes e inovadores para a promoção do desenvolvimento do país e do Distrito Federal, reforçou o cumprimento de sua missão institucional e educacional quando o Conselho Universitário (Consuni) aprovou, em sua 333ª reunião, em 19 de outubro de 2007 o documento “A UnB rumo aos 50 anos: Autonomia, Qualidade e Compromisso Social” e a “Carta de Intenções” para seu ingresso no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação Expansão das Universidades Federais (Reuni) sob a coordenação do Ministério da Educação.

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, do Ministério da Educação – MEC, tem como objetivos criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, em nível de graduação, aumentar a qualidade dos cursos e melhorar o aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais, respeitadas as características particulares de cada instituição e estimulada a diversidade do sistema de ensino superior.

Nesse sentido as ações empreendidas pela UnB evidenciam a importância da participação dos diversos atores sociais, dos movimentos sociais e a prioridade institucional dada, nos últimos anos, ao desenvolvimento das atividades destinadas a aproximar a comunidade universitária da sociedade. Para tanto, a Universidade incluiu em seu Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI), de 2002 a 2006, a criação de três novos campi – Planaltina, Gama e Ceilândia no âmbito do Reuni. Registra-se que a instalação da UnB em Ceilândia veio ao encontro da elevada demanda social e participação atuante dos movimentos sociais da comunidade local para o acesso à universidade pública e gratuita.

A UnB ao aderir ao Reuni acordou diversas metas, entre elas, a ampliação de vagas em cursos novos e já existentes nos quatro Campi da UnB – Darcy Ribeiro, Planaltina, Gama e Ceilândia.

Essa pactuação realizada entre a UnB e a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação, na Fase I do Programa de Expansão, assegurou a criação de 480 vagas anuais, em cinco novos cursos, para o segundo período letivo de 2008, em sua nova unidade em Ceilândia.

Dentro dessa perspectiva foi apresentada a criação de novos campi, incluindo o Campus Ceilândia com o desafio de ampliar e criar cursos na área de saúde, em consonância à missão da Universidade de Brasília e à experiência da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB.

Os cursos escolhidos num primeiro momento para ampliação foram os cursos de Enfermagem e Farmácia e a criação dos cursos de graduação em Fisioterapia, Gestão de Saúde e Terapia Ocupacional. Esses cursos seguiram o movimento de mudança na educação superior de profissionais de saúde e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a graduação com formação de profissionais generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitados a atuar em todos os níveis de atenção à saúde.

O Ministério da Educação, em conformidade com o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), assinou o Acordo de Metas nº 007 com a Universidade de Brasília, em março de 2008, com a responsabilidade de custear as despesas, prestar orientações e fiscalizar o cumprimento das metas da UnB.

A UnB comprometeu-se a elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presencial para noventa por cento (90%), expandir sua participação na comunidade, revisar os projetos político-pedagógicos dos cursos, criar novos cursos, preferencialmente não voltados à profissionalização precoce e especialização, ampliar a política de inclusão e assistência estudantil e articular a graduação com a pós-graduação e a educação superior com a educação básica.

Com isso o documento apresentado ao MEC pela UnB previa o aumento de vagas de ingresso e a aproximação da comunidade universitária da sociedade. Incluídas, assim, a implantação do Campus da UnB na Região Administrativa de Ceilândia e a abertura de concurso público para docentes e servidores técnico-administrativos para viabilizar a primeira fase do programa nacional de expansão das universidades federais e o processo de reestruturação e expansão da UnB.

A UnB também estabeleceu parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio das Secretarias de Estado da Educação (SEE). Como parte dos acordos dessa parceria, o GDF cedeu espaço do Centro de Ensino Médio nº 4, localizado na QNN 14 – Área especial de Ceilândia Sul – que foi adequado para a instalação temporária do Campus, e doou um terreno com 20 hectares que abrigará as instalações definitivas do Campus, que em poucos anos poderá atender mais de cinco mil alunos de várias regiões do Distrito Federal e do Entorno.

Em face à crise enfrentada pela UnB no primeiro semestre de 2008, a implantação do Campus Ceilândia foi rediscutida nas instâncias superiores, Cepe e Consuni. Pela primeira vez na história da Universidade de Brasília (UnB), o Consuni – composto por membros da comunidade acadêmica – professores, servidores e alunos e presidido pelo Reitor pro tempore Prof. Roberto Aguiar – abriu as portas para dar voz à comunidade do Distrito Federal (DF). Representantes de grupos que lutavam pela implantação da universidade pública nas cidades de Ceilândia e do Gama discutiram, na reunião realizada em 9 de maio de 2008, o projeto de expansão da UnB para essas cidades.

O Movimento Pró Universidade Pública de Ceilândia (Mopuc) participou dessa reunião com a representante Agnes Serrano, aluna do 1° semestre do curso de Geografia da UnB e moradora de Ceilândia, destacando na abertura do Conselho a importância de que a comunidade mostrasse que quer fazer parte da universidade.

Nessa ocasião, a coordenadora do Mopuc, Eliceuda Silva de França, se manifestou em defesa do diálogo constante para que a UnB se adaptasse à realidade de Ceilândia. A coordenadora defendeu, ainda, que uma das principais necessidades da comunidade de Ceilândia diz respeito ao acesso à universidade. Manifestou a importância de se facilitar o transporte, a manutenção do aluno e, principalmente, a reserva de vagas para alunos moradores da região.

Desde então, o Mopuc vem participando ativamente das decisões acerca da consolidação do Campus Ceilândia, inclusive com participação no Conselho Pleno da Faculdade de Ceilândia. A parceria com a UnB tem se mostrado de grande importância para que a Universidade conheça os anseios da Comunidade onde está inserida.

A posse da Diretoria do novo Campus Ceilândia ocorreu em 02 de julho de 2008, e contou com a presença dos professores Roberto Armando Ramos de Aguiar, José Carlos Balthazar, Diana Lúcia Pinho Moura, Ana Carolina Acevedo Poppe, Oviromar Flores, Dâmaris Silveira, além dos Diretores, Vice-Diretores e Chefes dos Departamentos da Faculdade de Saúde e da Faculdade de Medicina. Atualmente a Faculdade de Ceilândia é dirigida pelo professores João Paulo Chieregato Matheus (Diretor) e Laura Davison Mangilli Toni (Vice-Diretora).

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